PE247 – Fazer a fusão entre PPS e PMN para fortalecer a oposição. Essa é a análise do presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, (SP). A discussão sobre a fusão e a consequente criação da legenda Mobilização Democrática (MD) tende a ser uma das principais pautas políticas nos próximos dias, já que o PT também discutirá nesta semana uma lei que impede as fusões partidárias, o que Freire e seus companheiros chamam de “tentativa de golpe”.
O congresso do PMN ocorrerá amanhã (16). Já o do PPS deve acontecer na quarta-feira (17). No mesmo dia, um único congresso reunirá as duas siglas. “Quando o PSD foi criado (em 2011), trouxe para si parlamentares que queriam apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Neste momento ocorre o inverso, com a possibilidade de parlamentares saírem da base do Governo e somarem-se às oposições”, afirmou Roberto Freire.
Segundo o deputado, ainda não há definição quanto ao número de parlamentares que deverão migrar para a nova legenda. Deputados reclamam da falta de diálogo da presidente Dilma com os seus aliados, sendo este o principal motivo para que alguns congressistas deixem a base governista. “Eu não sei, mas comenta-se que muitos parlamentares que saíram da oposição para aderir ao Governo, com a criação do PSD, estariam insatisfeitos e alguns estão pretendendo voltar à bancada”, disse Freire.
De todo modo, segue indefinido o rumo que o MD tomará nas próximas eleições, apesar da simpatia demonstrada por Freire pela possível candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). “Estamos analisando as candidaturas oposicionistas e a própria candidatura que surge da base do Governo, que pode se consolidar como uma alternativa, que é a do governador Eduardo Campos”, observou.
Em nível estadual, o vereador e presidente do PPS em Pernambuco, Raul Jungmann, se reunirá hoje (15) com integrantes do PMN e o deputado estadual Severino Ramos para discutir a fusão. Ao jornal Folha de Pernambuco, Jungmann disse que o congresso estadual será o momento para debater de forma detalhada o projeto. “A ideia é que as direções sejam paritárias. Então vamos ter que sentar e recompor o diretório e a Executiva estadual, e depois partir para fazer o mesmo nos municípios”, declarou.